quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Sim, dieta tem repeito.

A boa dieta é aquela que respeita quem a faz. 

Sim, vou usar mesmo a palavra dieta. Porque seu significado é tão bacana... Tão diferente do que dizem por aí...

Lá atrás, quando não tinha toda essa frenesi de "dieta-e-atividade-física-pra-secar", e não éramos tão rígidos com glutens e lactoses, e carboidratos não nos incomodavam tanto, a dieta, significava um estilo de vida. Uma proposta de vida, que vislumbrava uma qualidade diferente da situação, com mudanças plausíveis de serem colocadas em prática. Dieta era mudança, e sobretudo, era duradoura. 

Dieta sempre foi diferente de regime.
Não apenas por não ser "só para aquele momento", mas por não ter a rigidez como condição si ne qua non.
Norma e regimento podem sim ser estilo de vida, mas não necessariamente. E, aos meus olhos, é justamente aí que mora o bonito da dieta: ela respeita. É feita sob medida para quem quer abraçá-la - e se constrói como preciso (ou como querido). Ela é pessoal e intransferível, e tem gostos e sabores próprios.

A dieta, aquela do significado original, não é uma "fechada-de-boca" em infindáveis almoços de "grelhado-com-salada"; não se resume a um "frango-e-batata-doce" no pré-treino e um shake de proteína substituindo o jantar; e, diferente do senso comum, não é uma pilha de privações, embora se faça entre balizadores que norteiam um estilo de vida.

Dieta tem ciência, tem inclinações... Tem conhecimento, motivos e referenciais (teóricos e práticos). Tem a cara de quem a faz.

Dieta não se faz sozinha, não está na revista, no site, nem na folha impressa padrão.
Dieta tem jogo de cintura, uma cadência pessoal, uma linha de pesquisa e uma vontade de vida.
Tem sardinha para quem pode sardinha, salmão para quem pode salmão. Tem arroz-e-feijão e pão francês, tem chocolate de sobremesa, pizza no domingo a noite e boas risadas à mesa.
Dieta tem rotina, tem dias diferentes, tem exceções, aversões, crenças e religiões.


Sim, dieta tem respeito.